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Cultura Vs Entretenimento - Opinião

Cultura, uma palavra que por vezes não é entendida da melhor forma, ou, pelo menos, da forma como de facto deveria de ser entendida.

Temos por necessidade e por alguns motivos um tanto ao quanto compreensíveis, de confundir Cultura com Entretenimento..é facto que faz parte da nossa cultura, alguns hábitos e tradições festivas que se interligam..mas existem certas formas de entretenimento que não são Cultura…mas isso falarei mais adiante.

O que pretendo para já é apenas reflectir sobre o que é, então, Cultura.

Ao nível antropológico, a cultura é a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sobre a etnologia (ciência relativa especificamente sobre o estudo da cultura) a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração em geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse mesmo povo.

Ora, então o que é Cultura?

Partindo daquele princípio antropológico e etnológico, a Cultura é a identidade de um povo e, nessa cultura, está intrinsecamente conectado o nosso Património Cultural - a nossa Língua, a nossa Ortografia, os nossos Castelos, Mosteiros, etc, a nossa Literatura, a nossa Arte, o nosso ambiente, entre algumas outras -, ora, obviamente que, sendo o nosso Património parte integrante da nossa identidade, da nossa Cultura, têm de ser mantidos, restaurados, protegidos, assegurando que se mantenha com a mesma imponência e consistência para as gerações vindouras.

Existem leis de património e urbanismo, que nos permitem, como meros cidadãos, de proteger o que é Nosso, mantendo a nossa integridade cultural intacta e segura.

A cultura é dinâmica, vai-se mudando e transformando. E como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços que se perdem, outros que se adicionam, de formas distintas nas diferentes sociedades.
Ora chegamos então à segunda parte do tema de reflexão.

Uma das formas mais usuais para a promoção e divulgação do Património e da Cultura é a criação de eventos culturais.

Quando criamos eventos culturais, referimo-nos a, por exemplo, concertos de vários estilos, mostras de Artesanato Tradicional e Urbano, mostras ou exposições de Artes, recriação de acontecimentos históricos, debates ou colóquios sobre temas culturais de interesse público, entre outras hipóteses.

Outra forma de promover o património são as criações de entretenimentos variados dentro dos próprios espaços ou fora, por forma a chamar o público a visitar o espaço e assim, promovê-lo. Aqui podemos dar os exemplos que a Câmara Municipal do Porto tem vindo a realizar: a maior Arvore de Natal; as corridas de carros; o Air Race; etc… Mas há aqui uma grave lacuna, não se promove nem o espaço nem a cidade da forma correcta como ditam as políticas culturais existentes.

E aqui caímos no erro de considerar Cultura algo que não é senão puro entretenimento de umas horas, ou de simples passagem e que foi visto na Televisão pelo Jornal, ou que passou na rádio. E que até era algo dispendioso para muito do povo residente, como alguns outros casos de eventos para pais e filhos em locais da Câmara Municipal do Porto, que não têm tido publico, não só pela falta de criatividade, mas também pelo facto de ser caro, e ainda falam sobre a crise económica…mas isto é outro assunto.

O entretenimento mais cultural passa por um processo de formação de públicos, mas, para isso, compete não só ao próprio indivíduo, como parte integrante da sociedade adquirir estes conhecimentos por si mesmo, mas também, e principalmente, ás Autarquias, ao Governo, às Câmaras Municipais e aos Concelhos, o dever de divulgar a Cultura e todos os seus conceitos e formas de estar e de fazer Cultura.
Porque todos nós temos o direito e o dever de saber o que é a nossa Cultura, o nosso Património, a nossa Identidade Cultural, a nossa Identidade como parte integrante da nossa sociedade.

Finalizando esta pequena reflexão, que daria para detalhar ainda muito mais, apenas queria deixar claro que o intuito desta reflexão é apenas alertar o povo, do qual eu faço parte, que existem sabedorias culturais e aprendizagens que temos de cultivar e incentivar aos nossos.

Corremos o risco de perder a nossa identidade porque nem sequer sabemos o que ela é nem o quanto vale. E vale tanto…!!

Caso pretendam saber mais sobre este assunto podem recorrer à Internet bastando fazer uma procura sobre a palavra Cultura, podem também visitar a Biblioteca Nacional do Porto ou a Biblioteca Almeida Garrett (por exemplo), ou podem deixar um comentário ou debater este assunto com o UAUA, no blog do myspace – www.myspace.com/uauaonline.

NÃO CHEGA UM OUVIDO... É PRECISO DOIS!


CYMBALS EAT GUITARS-WHY THERE ARE MOUNTAINS

http://www.myspace.com/cymbalseatguitars

    * Alternative/ Indie Rock
    * Indie Rock
    * Alternative Pop/ Rock








THEM CROOKED VULTURES-S/T
http://www.myspace.com/crookedvultures

    * Alternative/ Indie Rock
    * Hard Rock
    * Alternative Pop/ Rock
    * Stoner Metal
    * Heavy Metal









THROW ME THE STATUE-CREATURESQUE

http://www.myspace.com/throwmethestatue

    * Indie Pop
    * Alternative/ Indie Rock
    * Indie Rock
    * Lo-Fi

CRONENBERG, LARRY CLARK, DOILLON – As produções de PAULO BRANCO





Paulo Branco assina surpreendentes colaborações cinematográficas, produzindo alguns dos maiores realizadores do cinema mundial e ainda novas produções portuguesas.






Com a rodagem a ter início a 19 de Janeiro, em Los Angeles, SAVAGE INNOCENT dá nome ao filme com a realização do fotógrafo e cineasta norte-americano de culto Larry Clark, também responsável pelo argumento do filme.
O drama terá interpretação de Ray Liotta (TUDO BONS RAPAZES) e Rory Culkin (PODES CONTAR COMIGO) nos papéis principais. Em breve, anunciar-se-á o restante cast de SAVAGE INNOCENT, que será realizado com o orçamento de 3 milhões de dólares, com a produção PAULO BRANCO – ALFAMA FILMS.

COSMOPOLIS, a grande adaptação cinematográfica do romance de Don DeLillo por David Cronenberg está em fase de pré-produção, em processo de escolha de cast. Além de realizador, o canadiano e autor de CRASH assina o argumento do filme com a produção Paulo Branco – ALFAMA FILMS e co-produção do próprio David Cronenberg com Toronto Antenna, LTD.

Em Paris, Jacques Doillon já está na fase de pós-produção de AUX QUATRE VENTS com Pascal Greggory, Julie Depardieu e Louis Garrel. O filme que segue as venturas e desventuras de um dramaturgo é uma co-produção Paulo Branco – ALFAMA FILMS com o apoio do Canal Plus e France 3.

A produção nacional em formato de curta está a chegar ao cinema.

ANDANDO de Kore-Eda Hirokazu





Mais uma grande obra de Kore-Eda Hirokazu volta a estrear-se entre o público português, pela Atalanta Filmes.

 
 
 
 
 
ANDANDO (Still Walking) conta-nos as 24 horas de uma família que se reúne em homenagem à morte do filho mais velho, que aconteceu há 15 anos. Disfuncional, a família Yokohama vive unida pelo amor, por segredos e muitos ressentimentos. O filme japonês estreia-se esta semana, no Cinema King, em Lisboa.

Nota do Realizador
Porque ANDANDO começa a partir de um espaço de arrependimento, decidi fazer dele um filme cheio de vida. Mais do que retratar a maneira como os meus pais viveram até aos seus últimos dias, a minha intenção foi captar o momento da vida propriamente dita. E preencher esse momento com todas as ambiguidades da memória familiar. Tal como as fotografias de um velho álbum de família...

«A ´mise-en-scène´ de Kore-eda, cineasta formado pelo documentário, consegue uma coisa prodigiosa, e prodigiosamente tão discreta como a aragem de Verão, ou não fosse ele um cineasta japonês: filmar o tempo em expansão. Àquela casa em Yokohama, naquele dia de Verão, ocorrem o passado, o presente e o futuro de uma família. É toda a vida num só dia.» Vasco Câmara, IPSILON
 
ANDANDO de Kore-Eda Hirokazu - «Excepcional», João Lopes - DN 

Os Sorrisos do Destino - Cinema

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Carlos é um famoso jornalista de 55 anos. A sua esposa, Ada, é, ao contrário do marido, uma mulher com uma vida social agitada, alegre e sedutora. Certo dia, Carlos apanha acidentalmente uma mensagem no telemóvel de Ada. Um novo mundo revela-se diante dos seus olhos quando descobre que a sua esposa tem outro homem. Com a ajuda de um amigo com quem vai viver, descobre esse universo de amores virtuais e adultérios electrónicos...




Os sorrisos do destino (2009)
De Fernando Lopes
Com Alexandra Lencastre, Ana Padrão, Teresa Tavares, Rogério Samora
para <12

A verdade e o medo - Cinema

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Martin Hunter (Michael Douglas) é um famoso advogado, conhecido pelo seu histórico impecável no que toca a colocar criminosos na prisão. Mas quando um novato e ambicioso jornalista, C.J. Nicholas (Jess Metcalfe), começa a investigar os casos e a suspeitar que as provas foram adulteradas, o registo do advogado é posto em causa. Num perigoso jogo do gato e do rato, C.J. incrimina-se como suspeito de um crime para tentar apanhar Hunter...

 


A verdade e o medo (2009)
Beyond a reasonable doubt
De Peter Hyams
Com Michael Douglas, Joel Moore, Amber Tamblyn…
105 min para <12

2012 - Cinema

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Alguns séculos atrás, os Maias deixaram-nos o seu calendário com uma data para o fim do Mundo. Desde então, os numerólogos encontraram padrões que prevêem esta catástrofe, os geólogos dizem que a Terra vai dar de si, e nem mesmo os cientistas podem negar o cataclismo de proporções épicas que nos espera em 2012. Uma profecia que começou com os Maias já foi vastamente discutida, falada, desmontada e examinada. Em 2012, saberemos. Nós fomos avisados...



2012 (2009)
De Roland Emerich
Com John Cusack, Woody Harrelson, Oliver Platt…
 para <12

... do presente para o passado!






ANTÓNIO SÉRGIO APRESENTA...

Volume 1 e 2 relativo ao mítico programa radiofónico apresentado pelo não menos famoso António Sérgio.

Surgido em 1982, o ?Som da Frente? manteve-se no ar até 1993. Esta compilação apresenta momentos ímpares na história recente da música popular contemporânea, recuperando alguns dos clássicos do ?Som da Frente?, um dos mais marcantes e fundamentais programas da rádio portuguesa. Depois de um primeiro e bem sucedido volume dedicado à geração vinil, centrado no período 82-86, a história completa-se aqui.

The The, M/A/R/R/S, Jesus Jones, Morrissey, The Cure, Red Hot Chilli Peppers, Talking Heads, Devo, Anne Clark e muitos muitos outros, são apenas alguns dos eleitos de António Sérgio, recuperando a memória de mais de uma década a divulgar o que de melhor se fazia.

Dois duplos CD's que, tal como o espaço que lhe deu origem, é ?um estandarte da arte de ouvir?.

MFJEP – Movimento a Favor do Jornalismo Escrito Pago



Existem algumas preocupações hoje em dia sobre a questão do jornalismo e de quem o faz.
Têm vindo a ser levantadas questões pertinentes sobre este tema no Projecto MFJEP, desenvolvido por três pessoas, e comentado por muitas outras (profissionais e amadores), que se coadunam com o assunto em causa. 
Fala-se sobre o jornalismo online e o jornalismo propriamente dito, levantam-se questões sobre a própria qualidade do mesmo, discutem-se ideias e as divergências que se vão expondo.
Estará em causa o futuro qualitativo e profissional de quem nos mostra o mundo lá fora e tem sobre os seus ombros esse fardo, que é algo primordial no nosso dia-a-dia?
Poderão apreciar todo este desenvolvimento do Projecto MFJEP em   http://mfjep.wordpress.com/

Talentos Fantásticos 2009 - Antologia



Finalmente saiu a edição em livro dos trabalhos resultantes do concurso Talentos Fantásticos 2009, sob o tema do fantástico.
Já se encontra disponível para venda desde 29 de Outubro.
Mais informações em www.edita-me.pt

Morreu António Sérgio, uma voz da rádio que marcou a geração dos anos 80


 
 
Morreu Sábado o Som da Frente, António Sérgio, radialista, divulgador de música, símbolo para as gerações do pós-25 Abril



No papel era radialista. Às vezes também escrevia. Trabalhou com editoras. Era uma voz histórica da rádio portuguesa do pós-25 Abril, tendo começado em 1968 na Renascença. Mas há muito que não era só isso. Era também símbolo. De militância e de fé pela música. E também guia para uma geração de melómanos - principalmente para os que cresceram na década de 80 - que viviam as coisas da cultura popular de forma entusiasta, como estilo de vida. António Sérgio faleceu aos 59 anos, na sequência de um ataque cardíaco.

A sua voz, profunda e grave, reconhecia-se de imediato, em programas de rádio que fizeram história (Rotação, Rolls Rock, Som da Frente, A Hora do Lobo, etc.) e nas locuções para publicidade ou TV, onde era um dos profissionais mais requisitados.

"Era um grande profissional, uma referência, um mestre. Alguém que deu um contributo enorme para a divulgação de música nova. Tinha grande visão de futuro, era o som da frente", afirmou ontem Luís Montez, da produtora Música & Coração e responsável pela Radar FM, a rádio onde Sérgio operava desde 2007. Ele e Ana Cristina Ferrão, a mulher que o acompanhou desde sempre.

João David Nunes, um dos fundadores da Rádio Comercial, casa de Sérgio durante largos anos, destacou à Lusa a "qualidade inacreditável que sempre teve de estar à frente, de ser capaz de ouvir e perceber aquilo que iria ser determinante". Outro homem da rádio, António Macedo, destacou ao PÚBLICO as mesmas características: "Às vezes não acertava, mas na maior parte acertava." E acrescenta: "Era uma idealista da música e da rádio. É insubstituível."

É indissociável do Portugal cultural emergente no pós-25 Abril. A sua influência era tal que o programa Som da Frente começou a ser também a designação utilizada para identificar um caldeirão de músicas populares alternativas. Há três anos, recordando os anos 80 em Portugal, dizia-nos que "nessa altura divulgar música nova tinha um rótulo de militância e era objecto de admiração, até pelo país que Portugal era, onde o peso do Antigo Regime estava fresco. Através da música existia esforço para acompanhar um comboio de cultura, de alegria de viver que era irreversível. Não era só música, era uma nova maneira de pensar, que tem a ver com livros ou filmes." Esse período, acrescentava, "foi uma bóia de salvação, uma forma de dizermos "vamos sair daqui", do marasmo dominante em Portugal".

O cronista do PÚBLICO, Miguel Esteves Cardoso, foi, há dois anos, uma das figuras públicas que se insurgiram contra o afastamento de Sérgio da Rádio Comercial, depois de dez anos de Hora do Lobo. "Desde os anos 70 que agentes sorrateiros se agacham atrás dele, tentando puxar-lhe a cadeira, a ver se cai", escreveu. "Mas o homem sempre esteve ocupado de mais para reparar. Fincou os pés, sacou dos discos e fez o que sempre fez: o que lhe estava na real gana."

Quando as rádios - e a indústria da música - sofreram uma transformação profunda, principalmente a partir do final dos anos 90, a sua influência esbateu-se. Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, diz que "no início, era a única personagem do meio a quem dávamos a ouvir as nossas cassetes. Foi ele o "professor" do nosso primeiro disco. Quando arranjou editora [Rossil] produziu-nos e estabelecemos de imediato uma cumplicidade muito forte. A sua morte é uma perda enorme."

Adolfo Lúxuria Canibal, dos Mão Morta, evoca também uma relação especial. "Sempre lhe demos primazia nos trabalhos que íamos fazendo. Era uma espécie de agradecimento pelo trabalho que ele fez e pelo crescimento musical de gerações, nas quais eu me incluo." 
 
Fica desde já a saudade e um até sempre na nossa memoria.

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